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Carnaval de 2009. Casa de Alceu Valença em Olinda PE. |
O
cantor Emilio Santiago, de 66 anos, morreu na manhã desta quarta-feira
(20) no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. De acordo com o
hospital, o artista morreu em função de complicações decorrentes de um acidente
vascular cerebral isquêmico (AVC) que sofreu em 7 de março.
Emílio
Santiago morreu às 6h30, após permanecer 13 dias internado no Centro de Terapia
Intensiva (CTI). O velório do cantor será realizado na Câmarara de Vereadores
do Rio, no Centro, a partir das 12h desta quarta, e será aberto ao público. O
enterro do artista acontecerá às 11h desta quinta-feira (21) no Memorial do
Carmo, no Caju, na Região Portuária do Rio. Ele será enterrado ao lado do local
onde sua mãe foi sepultada.
Vencedor de diversos festivais de
música, Emílio iniciou a carreira na década de 70 e gravou grandes sucessos
como "Saygon", "Lembra de mim" e "Verdade
chinesa". O último disco do cantor foi "Só danço samba (ao vivo)",
lançado em 2012, junto com um DVD.
Paixão pela música
Emílio Santiago nasceu em 1946 na cidade
do Rio. Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, mas a paixão
pela música fez com que ele iniciasse sua carreira participando de diversos
festivais de música, sendo vencedor de muitos deles. "Transas de
amor", seu primeiro compacto, saiu em 1973. A estreia em um álbum cheio
aconteceu dois anos mais tarde. Autointitulado, o trabalho trazia
interpretações de canções de nomes como Ivan Lins, Gilberto Gil, Nelson
Cavaquinho e Jorge Ben.
Conhecido pelo tom de voz ao mesmo tempo
grave e suave, o cantor apresentou diferentes gêneros durante sua carreira, mas
esteve especialmente voltado para a música romântica, a MPB e o samba. Em 1988,
lançou "Aquarela brasileira", o primeiro disco da série criada por
Roberto Menescal e Heleno Oliveira. O álbum trouxe a releitura de 20 clássicos
da música brasileira, como "Sampa" (Caetano Veloso), "Anos
dourados" (Chico Buarque e Tom Jobim) e "Eu sei que vou te amar"
(Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
A série "Aquarela brasileira",
responsável por aumentar consideravelmente sua popularidade no país, teve mais
seis volumes, o último deles lançado em 1995. Um de seus mais importantes
trabalhos, "Feito para ouvir", de 1977, foi reeditado pela Dubas
Musica em 2009. Outro relançamento em sua carreira aconteceu em 1989 com
"Brasileiríssimas", seu segundo disco, originalmente de 1976. Entre
seus maiores sucessos estão "Saigon", "Verdade chinesa",
"Lembra de mim", "Vai e vem", "Tudo que se quer"
e "Flor de lis".
Seu último disco saiu em 2012, uma
versão ao vivo de "Só danço samba", de 2010 – que, por sua vez, foi o primeiro trabalho do selo
Santiago Music. O álbum é uma homenagem ao
"rei dos bailes" Ed Lincoln, trazendo canções que fizeram
sucesso nos clubes do Rio de Janeiro nos anos 60, além de músicas atuais de
artistas como Mart'nália, Jorge Aragão e Dona Ivone Lara. Ao todo, sua
discografia conta com 30 álbuns e 4 DVDs.(fonte G1)
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